Biografía
Com efeito, os Arte & Ofício marcaram o Rock pesado luso não só pela originalidade das
suas composições mas também pelas qualidades técnicas e musicais demonstradas, fundindo
Hard Rock com Jazz Rock, Prog e Funk, numa sonoridade inovadora e ousada
Os
Arte
&
Oficio
surgem
no
Porto
em
1975,
duma
ideia
conjunta
de
António
Garcez
e
Sérgio
Castro
,
respectivamente
vocalista
e
baixista
dos
Psico
—
uma
das
mais
prestigiosas
formações
Portuguesas
dos
anos
70
—
com
a
intenção
de
formar
uma
banda
de
originais.
Ambos
grupos
chegam
a
coexistir,
dados
os
compromissos
contratuais
dos
Psico
que,
na
época,
tinham
já
contratos
assinados
até
à
primavera
do
ano
seguinte.
A
formação
original
dos
Arte
&
Oficio
integra,
para
além
dos
dois
fundadores,
o
guitarrista
Serginho
Cordeiro
(fundador
da
Rocka
com
Sérgio
Castro
em
1973
e
ex-Módulo
1,
1953-2013),
o
organista
Juca
Rocha
(Ex-Smoog,
Ex-Psico)
também
já
falecido
e
o
baterista
Álvaro
Azevedo
(ex-Pop
Five
Music
Inc.).
Esta
formação,
da
qual
quase
não
há
documentos
gráficos,
sendo
um
raro
exemplo
a
foto
junta
tirada
após
um
concerto
no
Fundão
em
Abril
de
76,
ver-se-ia
acrescida
do
violinista
Leonel
Ferreira,
que
se
estreia
durante
o
1º
Festival
Rock
de
S.João
da
Madeira,
em
Maio
desse
mesmo
ano.
Juca
abandonaría
pouco
depois
a
banda
e,
de
novo
em
quinteto,
os
Arte
&
Oficio,
oferecem
à
cidade
do
Porto,
e
para
dezenas
de
milhares
de
pessoas,
um memorável concerto a 3 de Julho de 1976, com a Càmara Municipal como cenário.
Em
Outubro
de
1976,
o
guitarrista
Fernando
Nascimento
(ex-Grupo
5,
ex-Pentágono
e
ex-Psico)
volta
a
Portugal
Continental,
deixando
definitivamente
o
Funchal,
para
unir-se
aos
Arte
&
Oficio,
voltando
a
banda
a
funcionar
em
sexteto
até
finais
do
ano,
quando
o
violinista
Leonel
é
"convidado"
a
sair.
De
novo
em
quinteto
a
formação
enceta aqui um novo caminho que se desvia gradualmente do rock mais sinfónico na direcção do rock progressivo, com umas pintas de
Jazz-Rock.
“Com
efeito,
os
Arte
&
Ofício
marcaram
o
Rock
pesado
luso
não
só
pela
originalidade
das
suas
composições
mas
também
pelas
qualidades
técnicas
e
musicais
demonstradas,
fundindo
Hard
Rock
com
Jazz
Rock,
Prog
e
Funk,
numa
sonoridade
inovadora
e
ousada.
Os
temas,
originais,
eram
cantados em inglês”
1
Esta
seria,
provavelmente
a
formação
mais
carismática
da
banda,
que
se
manteria
assim
até
1979.
Meses
depois
da
entrada
de
Nascimento
a
banda
entra
finalmente
nos
estúdios
Polysom,
em
Lisboa,
para
gravar
os
quatro
temas
que
constituiriam
os
dois
primeiros
singles
que
seriam
postos
à
venda,
respectivamente
antes
e
depois
do
Verão
de
1977.
"Festival"
e
"Let
Yourself
Be"
,
o
primeiro
single,
apresenta
no
lado
A
as
indesmentíveis
influências
Hard-Rock
que
Sérgio
Castro
e
Sérgio
Cordeiro
arrastavam
desde
os
Rocka,
enquanto
o
lado
B
representava
a
que
tinha
sido
a
verdadeira
essência
dos
A&O
na
sua
primeira
fase.
Com
o
segundo
disco
a
banda
deixava
bem
claro
o
caminho
que
queria
percorrer
nos
anos
seguintes.
Da
melodia
de
"The
Little
Story
Of
Little
Jimmy",
onde
Garcez
mostra
as
verdadeiras
potencialidades
da
sua
voz
até
ao
Funk
de
"Quibble"
onde
o
trabalho
dos
dois
guitarristas
já
salta
para
outros
universos
musicais,
fica
demonstrado que os Arte & Oficio são um grupo em permanente evolução, apenas preocupados com o lado criativo.
"Este
grupo
de
veteranos,
todos
com
larga
experiência
na
música
pop
portuguesa
pretende
fazer
dos
Arte
&
Ofício
um
grupo
profissional
.
O
seu
som
caracteriza-se
por
uma
mistura
de
Hard
Rock
com
Jazz
Rock
,
na
linha
de
uns
Gentle
Giant,
mas
com
estéticas
originais.
O
seu
primeiro
trabalho
é
um
single
com
"Festival"
e
"Let
Yourself
Be",
a
que
se
seguirá
outro
single
com
"The
Little
Story
Of
Little
Jimmy"
e
"Quibble"
.
Nestes
dois
trabalhos
é
notório
o
profissionalismo
da
banda
e,
sobretudo,
descobre-se
um
verdadeiro
performer
em
Garcez.
No
ano
do
lançamento
dos
singles
fazem
a
primeira
parte
dos
alemães
Can,
no
Pavilhão
dos
Desportos
de
Lisboa
e
conseguem
ofuscar
a
famosa
banda
teutónica.
A revista "Música & Som" titulará mesmo "Arte & Ofício-O êxito dos Can".
2
Com
o
concerto
do
Pavilhão
dos
Desportos
de
Lisboa,
os
A&O
deixaram
bem
claro
que
o
facto
de
serem
uma
banda
portuguesa
não
era
obstáculo
para
poderem
impor-se
num
concerto
ao
lado
de
uma
banda
de
renome
internacional
e
com
o
estatuto
dos
Can.
Repetiriam
com
os
Stranglers
desta
vez
em
Cascais
em
1979
e,
já
em
80
com Joe Jackson e a sua banda em 3 cidades Europeias.
Já
em
1978,
os
Stranglers
tinham
vindo
ao
Dramático
de
Cascais
para
um
concerto/festival
em
que
as
outras
duas
bandas
eram
os
999
e
os
Arte
&
Oficio
mas,
por
razões
técnicas,
o
espectáculo
foi
cancelado,
quando
todo
o
equipamento
estava
já
montado
e
pronto
para
ser
ligado.
Ninguém
conseguira
localizar
o
quadro
eléctrico
de
100A
por
fase
que
havia
junto
aos
balneários,
por
baixo
do
recinto,
o
que
levou
o
manager dos Stranglers a denunciar o contrato por incumprimento. O concerto foi cancelado e acabou em
tumulto
.
1978
começou
para
os
Arte
&
Oficio
da
forma
mais
peculiar:
um
concerto
ao
ar
livre
durante
a
manhã
do
dia
6
de
Janeiro.
Realizou-se
na
Quinta
da
Conceição,
em
Leça
da
Palmeira
e
destinava-se
à
gravação
de
um
programa
da
RTP
1
(não
havia
outra)
“Música
para
o
Almoço”.
A
Quinta
foi
pequena
para
os
milhares
de
alunos
(e
professores)
dos
estabelecimentos
de
ensino
matosinhenses
que
escaparam
às
aulas
para
ver
e
ouvir
a
banda
às
11
horas
da
manhã(¿!?)
Durante
esse
mesmo
ano
e
justamente
antes
de
uma
digressão
por
terras
do
litoral,
nomeadamente
pela
região
do
Algarve,
onde
na
época
as
bandas
mais
importantes
chegavam
com
dificuldade,
os
Arte
&
Oficio
entraram
de
novo
na
Polysom,
para
gravar
o
seu
terceiro
disco.
A
digressão
pelo
Algarve
ficaria
tristemente
assinalada
pelo
acidente
que
Serginho
Cordeiro protagonizaría com a sua Gibson SG Custom, justamente antes do 1º concerto em Messines.
“Come
Hear
the
Band”
,
que
deu
título
ao
primeiro
vinil
de
12”
a
45rpm
gravado
em
Portugal
,
de
novo
para
a
etiqueta
Orfeu
da
Arnaldo
Trindade,
foi
Hit-Pick
do
Bilboard,
quando
em
Novembro
atingiu
o
primeiro
lugar
do
top
de
vendas
superando
Amália
e
outros
grandes
artistas
Portugueses.
Algumas
emissoras
Americanas
divulgaram
o
Maxi,
que
no
lado
B
propunha
uma
das
mais
arrojadas
composições
do
colectivo,
"O
Cargarejo
da
Galinha",
na
qual
tomava
especial
protagonismo
o
multi-
instrumentista
Rui
Cardoso
(ex-Sindicato
e
músico
de
estúdio
de
grande
qualidade
e
prestígio)
em
saxofone
soprano.
Neste
disco
colabora
ainda
José
Carlos
Almeida
,
um
teclista que tinha militado nos Tempo e era agora membro de uns renovados Psico e a cantora Dulce.
“Neste
ano
sai
o
máxi-single
"Come
Hear
The
Band"
e
"O
Cacarejo
da
Galinha"
,
onde
a
banda
revela
todas
as
suas
potencialidades.
O
tema
com
o
título
em
português
é
totalmente experimental e o tema-título é um vigoroso Rock, ao qual os portugueses não estavam habituados, vindo de bandas portuguesas.”
3
Ainda
antes
do
fim
do
ano,
os
Arte
&
Oficio
realizam
dois
concertos
no
Funchal,
sendo
o
primeiro
a
9
de
Dezembro
como
cabeças
de
cartaz
do
primeiro
Festival
Rock
da
Madeira,
realizado
num
pavilhão
gimnodesportivo
da
capital
do
Arquipélago
e
o
segundo,
no
dia
seguinte,
no
Teatro
Municipal
Baltazar
Dias,
para
as
autoridades
locais
e
convidados.
Na
época,
o
Arquipélago
não
estava
preparado
com
as
estruturas
adequadas
para
tais
eventos
e
os
equipamentos
de
som
e
luz
tiveram
que
ser
divididos
por
3
aviões,
o
primeiro
dos
quais
levava
todas
as
bandas
do
continente
e
respectivas
comitivas.
Pegaso,
uma
banda
residente
no
Funchal,
da
qual
fazia
parte
André
Sarbib
,
foi
a encarregada de abrir o festival.
Logo
no
início
de
1979
e
respondendo
ao
êxito
conseguido
com
o
Maxi
do
ano
anterior
os
Arte
&
Oficio
iniciam,
ainda
e
uma
vez
mais
nos
Estúdios
Polysom,
as
sessões
de
gravação
do
que
seria
o
seu
primeiro
álbum.
Faces
,
intitulado
ostensivamente
com
base
na
distribuição
dos
temas
que
compõem
o
álbum
pelos
lados
(faces)
X
e
Y,
ao
contrário
dos
mais
comúns
lados
A
e
B
ou
lados
1
e
2,
deixando
bem
claro
que
a
banda
não
tinha
intenção
de
abandonar
o
sua
veia
mais
progressiva
e
rock
mas,
bem
pelo
contrário,
leva-la
a
uma
coexistência
pacífica
com
os
novos
vôos
mais
jazísticos.
Para
estas
novas
fórmulas,
sem
dúvida
que
foi
fundamental
a
integração
de
António
Pinho
Vargas
,
um
exímio
pianista
e
excelente
compositor,
que
já
se
tinha
encontrado
com
Sérgio
Castro
em
formações
anteriores
de
pouca
repercussão,
e
que
começa
por
ser
convidado
a
participar
no
álbum,
para
assumir-se
como
membro
da
banda
antes
de
terminadas
as
misturas.
Coincidindo
com
esta
modificação
na
estrutura
dos
Arte
&
Oficio,
e
talvez
por
discordar
dela,
Serginho
Cordeiro
decide
abandonar
o
grupo
ainda
antes
de
finalizadas
as
gravações
de
Faces.
Na
realidade
a
sua
aportação
à
face
Y
é
já
escassa,
limitando-se
apenas
a
uns
apontamentos
no
tema
“Endless
Way”.
Para
além
da
colaboração
de
Pinho
Vargas,
o
álbum
conta
ainda
com
duas
outras
colaborações
que
repetem:
Rui
Cardoso
em
saxo
soprano
e
clarinte
baixo
e
Dulce
nas
vozes.
Faces
é
hoje
um
dos
discos
mais
raros
e
procurados
pelos
coleccionadores, tendo chegado a alcançar valores superiroes a $1,000.00 no mercado de segunda mão.
“A
inspiração
nos
estilos
do
rock
em
voga
(blues-rock,
hard-rock,
jazz-rock,
funk,
e.o.)
a
predominância
das
guitarras
eléctricas,
a
utilização
de
processadores
de
som,
de
ritmos
irregulares
e
contrastantes
e
de
dissonâncias
distanciaram
o
repertório
do
grupo
da
canção
pop-rock,
contribuindo
para
a
sua
conotação
com
os
estilos
do
rock
progressivo.
...
A
integração
de
vários
estilos
do
rock
no
repertório
ficou
patente
em
Faces
(1979),
álbum
em
que
colaboram
Rui
Cardoso
(saxofone)
e
António
Pinho
Vargas
(instrumentos
de
tecla),
que integrou o grupo até 1982.”
4
Em
Junho
e
Julho
de
1979,
com
o
patrocínio
de
uma
marca
Espanhola
de
jeans,
a
produtora
Concerto
(de
Ivan
Hancock
e
Carlos
Gomes)
levaria
os
Arte
&
Oficio
por
toda
a
geografia
continental
Portuguesa
durante
um
mês
de
concertos
praticamente
consecutivos.
A
Lois Rock Tour foi a primeira verdadeira digressão alguma vez feita por um grupo de Rock em Portugal.
“O
grupo
inicia
uma
tournée
nacional
...
que
chega
à
Guarda
no
dia
7
de
Julho
de
1979.
O
velhinho
Cine-Teatro
da
Guarda,
com
lotação
esgotada, aplaudiu o grupo de Sérgio Castro. Garcez confirma-se como um verdadeiro "animal de palco" e o som da banda está cada vez melhor.”
5
Cerca
do
final
da
digressão,
um
desafortunado
incidente,
causado
por
um
falta
de
comunicção
entre
o
promotor
local
e
a
Concerto,
levou
à
antecipação
forçada
do
concerto
de
Portimão,
inicialmente
agendado
para
aquele
Domingo
à
noite.
O
novo
horário
coincidia
com
o
previamente
indicado
para
o
sound-check
e
a
ausência
do
baterista
Álvaro
Azevedo,
ao
início
do
espectáculo,
gerou
uma
acesa
discussão
entre
vários
membros
da
banda
que
defendiam,
uns,
que
o
concerto
devia
suspender-se
responsabilizando
a
organização
e
outros,
que
o
concerto
devia
realizar-se.
Com
uma
afluência
reduzida,
fruto
da
impossibilidade
da
época
em
convocar
multidões
num
curto
espaço
de
tempo,
o
concerto
foi
frio,
o
que
só
contribuiu
para
ensombrecer
ainda
mais
o
ambiente
no
seio
do
grupo.
O
resultado
mais
ou menos imediato deste incidente foi a decisão de António Garcez de abandonar os Arte & Ofício, logo a seguir ao último espectáculo da digressão.
“Após
uma
digressão
por
todo
o
país
(Jun
e
Jul
1979)
S.
Cordeiro
e
A.
Garcez
deixaram
de
colaborar
com
o
grupo,
tendo
S.
Castro
assumido
a
voz
principal.
Com
a
integração
de André Sarbib (órgão), em 1980, e a consecuente dedicação de Pinho Vargas ao piano Fender Rhodes, o grupo reorientou as novas composições para os estilos do jazz-rock.”
6
Terminada
a
digressão
havia
que
assumir
a
nova
realidade
da
banda
e
tentar
recompor
a
formação.
Vários
baixistas
foram
alvo
de
audição,
destacando-se
de
entre
eles
Carlos
Araújo
,
um
jovem
músico
multi-instrumentista,
já
com
extenso
curriculum
(ex-Abralas)
e
que
viria
a
ser
pedra
fundamental
dos
Trabalhadores
do
Comércio
a
partir de 1981. Carlos chegou ainda a realizar um único concerto com os Arte & Oficio, em Setembro desse mesmo ano.
Com
a
volta
dos
Stranglers
a
Portugal,
os
Arte
&
Oficio
seriam
de
novo
convidados
por
Ricardo
Casimiro
para
abrir
o
concerto
do
Dramático
de
Cascais
a
28
de
Setembro.
Dois
dias
antes
na
Tapada
da
Ajuda
em
Lisboa,
gravavam
um
dos
concertos
para
a
série
de
programas
“Soltem
o
Rock
Mas
Guardem-no
Bem”
do
realizador
José
Nuno
Martins
para
a
RTP.
O
espectáculo
gravado
no
anfiteatro
do
Instituto
Superior
de
Agronomia,
seria
o
primeiro
a
utlizar
a
“nova”
tecnologia
de
raios
laser.
Tal
série
que
incluía
artistas
como
Rão
Kyao
,
Ananga
Ranga,
Tantra
ou
Go
Graal
Blues
Band
,
que
seria
emitido
ainda
a
preto
e
branco
a
11
de
Novembro,
chegaria
a
ser
vendida
para
vários paises, que não apenas lusófonos.
Ainda
assim
os
Arte
&
Oficio
haviam
de
manter-se
em
quarteto
até
aos
primeiros
meses
de
1980,
quando
André
Sarbib
(ex-Grupo
5,
ex-Pentágono
e
ex-Albatroz)
se
veio
juntar
ao
grupo,
vindo
do
Funchal,
tal
como
Fernando
Nascimento
uns
anos
antes.
Coincidindo
com
a
entrada
de
Sarbib,
sai
à
venda
o
5º
disco
do
grupo,
um
single
de
título
genérico
“Marijuana”
em
que
Castro
e
Azevedo
defendem
abertamente
o
seu
apoio
à
legalização
da
canabis e, por conseguinte à LCC do Reino Unido con a qual mantinham contacto.
É
este
quinteto
que
é
convidado
por
John
Telfer
da
Basement
Music
para
acompanhar
a
banda
de
Joe
Jackson
nos
concertos
em
5
cidades
do
sul
da
Europa.
Barcelona,
Cascais,
Madrid,
Toulouse
e
Milão.
Finalmente
e
por
questões
de
carácter
económico,
só
se
concretizariam as três primeiras actuações.
Joe Jackson
, ele mesmo um excelente pianista, ficaria gratamente surpreendido com o nível artístico de Pinho Vargas e de Sarbib.
“Num
período
de
considerável
popularidade,
destacaram-se
as
actuações
na
primeira
parte
dos
espectáculos
de
Joe
Jackson
(Espanha,
1980),
bem como as referências aos fonogramas Faces e Danza (1982) nos periódicos Melody Maker e Billboard.”
7
Em
Fevereiro
de
1981,
André
Sarbib
abandona
os
Arte
&
Oficio
e
a
banda,
de
novo
em
quarteto,
começa
a
acusar
a
erosão
provocada
pelo
“alter-ego”
musical
de
Sérgio
Castro
e
Álvaro
Azevedo.
O
enorme
sucesso
comercial
dos
Trabalhadores
do
Comércio
ocupa
muito
tempo
a
estes
dois
músicos,
em
concertos
consecutivos
que
têm
que
interromper
quando
entram
nos
Angel
Studios,
em
Lisboa,
para
preparar
o
que
seria
Danza
,
uma
co-produção
de
Sérgio
Castro
e
Antonio
Pinho
Vargas,
para
a
Polygram.
Com
a
colaboração
de
luxo
da
voz
dos
brasileiros
Cana
Caiana
,
a
já
falecida
Diana
Pereira
,
os
Arte
&
Oficio
voltam
a
reinventar-se,
explorando temas como
“Radio”, “Danza”
, ou o minimalismo electrónico em
“On An Ankle”
, baseado num poema original em Inglês de Fernando Pessoa.
O
álbum
sairía
nos
primeiros
dias
de
1982,
coincidindo
com
a
partida
de
Pinho
Vargas
para
a
banda
de
Rui
Veloso.
Imediatamente
substituído
por
Jorge
Filipe
Santos,
um
jovem
mas
experimentado
teclista,
que
com
o
recurso
a
uma
parafranália
de
teclados
polifónicos
de
última
tecnologia
aportou
à
banda
uma
nova
cor
e
arranjos
sofisticados.
Ao
mesmo
tempo
recrutam
a
cantora
lisboeta
Kristiana
Kopke
(ex-Sarabanda),
à
qual
se
junta
Benedita
Veloso
e
em
sexteto
iniciam
uma
segunda
digressão
por
Portugal
de
mais
de
23
concertos
que
os
levaria
até
Espanha,
para
um
concerto
oferecido
à
cidade
pelo
Ayuntamiento
de
Vigo
no
belíssimo
anfiteatro
do
Parque
de
Castrelos. Mais de 15.000 pessoas acorreram ao evento
. Durante esta tournée Kristiana Kopke foi substituída por
Ana Freire
.
Os
resultados
financeiros
da
digressão,
e
apesar
do
patrocínio
recebido
de
um
fabricante
português
de
jeans,
foram
inesperadamente
baixos,
o
que
começou
a
gerar
grandes
dificuldades
para
manter
o
grupo
activo.
Tudo
isto
associado
ao
crescente
interesse
do
público
mais
jovem
pela
música
cantada
em
Portugês,
acelerou
a
decadência
dos
Arte
&
Oficio.
Suceder-se-íam
concertos
cada
vez
a
menor
ritmo
até
que
a
14
de
Maio
de
1983
a
formação
tocou,
pela
última
vez,
em
Vagos,
perto
de
Aveiro.
Os
Arte
&
Oficio
voltaram
a
reunir-se
numa
formação
que
incluía
Sérgio
Castro,
Fernando
Nascimento,
Jorge
Filipe,
o
baterista
Fernando
Faria
(substituindo
no
último
momento
a
Alvaro
Azevedo),
Isabel
Ventura
e
Luisa
Carvalho
.
Realizaram
um
único
concerto
na
Praça
Humberto
Delgado,
para
o
qual
convidaram
Ricardo
Rodrigues
(Just
Soul
Orquestra),
Joe
Medicis
(Trabalhadores
do
Comércio)
e
o
histórico da banda Serginho Cordeiro.
REFERÊNCIAS
1 - Breve História do Metal Português, de Dico. 2013
2 - Aristides Duarte / Nova Guarda (8/09/1999)
3 - Irmandade Metálica
4 - Enciclopédia Da Música Em Portugal No Século XX (tomo I, pag 78, Círculo de Leitores)
5 - Aristides Duarte / Nova Guarda (8/09/1999)
6 - Enciclopédia Da Música Em Portugal No Século XX (tomo I, pag 78, Círculo de Leitores)
7 - Enciclopédia Da Música Em Portugal No Século XX (tomo I, pag 78, Círculo de Leitores)
Num período de considerável popularidade, destacaram-se as actuações na primeira
parte dos espectáculos de Joe Jackson (Espanha, 1980), bem como as referências aos
fonogramas Faces e Danza (1982) nos periódicos Melody Maker e Billboard.
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Uma
rara
foto
dos
Arte
&
Oficio
do
início
de
1976,
na
Serra
da
Estrela,
com
membros
da
equipa técnica e familiares.
Quinta da Conceição, 6 Janeiro
1978
Tour Joe Jackson, Barcelona,
1 de Maio 1980.
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